Interatividade: a tecnologia que mudou nossa forma de comunicar
A forma de se comunicar mudou e isso também modificou o formato de consumo de serviços. No mundo dos negócios, que muda cada vez mais rápido, e em muitos outros segmentos, está claro: quem ainda tenta nadar contra a correnteza está com os dias contados.
Entretanto, poucos setores mudam tão incessantemente quanto o de mídia: a impressão que dá, é de que os “veículos” trafegam por uma “pista” que muda de traçado a todo instante.
Anteriormente, era um caminho seguro atingir simultaneamente uma grande massa de público, e isso nos levava a grandes rendimentos. Hoje não é mais assim, pois se tratando de audiência, alguns termos como “grande” e “pequeno” são cada vez mais relativos, perante a abundância de nichos. Além disso, o consumidor também mudou e está inserido em uma comunidade onde ele deseja sentir que seus gostos, opiniões e rotina são respeitados.
On demand
Ele é considerado o coração da revolução digital que rompeu o modelo de negócio da mídia tradicional. On demand significa disponível, pronto para entrega, (produzido) conforme a demanda.
E embora continuem existindo diferentes mídias para distintas circunstâncias, a forte atração de conteúdos disponíveis no mobile e nas smart TVs não pode ser ignorada: eles entregam tudo quando, onde e como os consumidores querem.
Isso faz com que as empresas de comunicação tenham que mudar tão rapidamente quanto você posta uma foto no Instagram. Este é o ritmo.
Mas não se esqueça: todas essas mudanças geram conflitos, e alguns serão ainda maiores, como por exemplo, aquele entre as redes sociais (Facebook) e os veículos tradicionais.
Um cartaz colado na parede de um bar já não é mais tão informativo quanto deveria ser: a visão das pessoas mudou e hoje, elas buscam informação olhando para o que está em suas próprias mãos, os celulares.
Também há mudanças relacionadas ao algoritmo do feed de notícias, a queda na relevância das fan pages (que forçam seus administradores, incluindo os veículos, a pagarem para encorpar seus números).
Além disso, a preferência dos vídeos tem obrigado mídias como rádio, jornal e revista a investirem num tipo de produção que não lhes é familiar, designando um custo cujo retorno ainda é duvidoso.
Ele pode não responder bem a essa pressão que ele mesmo tem criado, podendo inutilizar ainda mais a sua relação com as empresas de conteúdo, provocando impactos a médio e longo prazo na forma como as pessoas se informam e se divertem pelas redes sociais.
As novas formas de comunicação e a crise política e econômica do país agravam todas essas tensões e a situação de empresas que há muito tempo balançavam, mas não caíam. Mais do que nunca, é preciso que os profissionais de comunicação sejam empreendedores de si mesmos, enfrentando suas relações on e offline como as peças de um quebra-cabeça .
É preciso lutar para tornar oportunidades e tanto valor em armas na luta contra os desafios que se expõem, para que todas as pessoas possam continuar tirando benefícios do trabalho daqueles que são especialistas em levar o mundo até elas.
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